A Garganta da Serpente

Rody Cáceres

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ENTS

Solitária árvore na floresta escura
com seus galhos apontados para o chão
sua seiva escorre pela superfície dura
chora a partida do único amor em seu coração:
Um cedro milenar que outrora reinava onipotente
fora serrado por gananciosos madeireiros
seus galhos nunca mais apararam o vento
seu corpo tornara-se acento em inúmeros canteiros.
Pois o vento, ao perceber a ausência do amigo perguntou:
-O que fora feito do nosso rei?
-Quem ousara tocar em sua carne?
A árvore, chorosa e melancólica respondeu:
-Foram os homens, esses terríveis criminosos,
que em apenas uma eternidade
destruiram os sonhos plantados por Deus.


(Rody Cáceres)


voltar última atualização: 26/11/2009
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