A Garganta da Serpente

Roberto Mauro Thomaz

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O FEL DE MEL

Ao sair da sala de projeção
Fiquei pensando no sofrimento para rasgar o véu
O Cristo deveras sofreras tanto
Ou foi apenas o fel de Mel?

Ainda atordoado caminho a esmo
Divagando sobre cenas do filme prolixo
Os sofrimentos do Cristo já havia imaginado
Mas em nenhum momento, visto.

Violência exagerada, infundada, infundada?
Inevitavelmente consternou-me sem pudor
Causando-me um misto de alegria, êxtase e pavor.

O raquitismo da mensagem preciso decodificar
E parar de imaginar que Maria aos pés da cruz ainda grita
Não foram só os soldados que mataram Jesus. Também nós e os semitas.


(Roberto Mauro Thomaz)


voltar última atualização: 30/11/2006
7351 visitas desde 29/09/2006

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente