A Garganta da Serpente

Renata Lugli

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Quando

Quando o dia passava;
Quando a noite fluía...
Quando meus pensamentos eram concretos;

Quando tinha o poder de criar...
E destruir;

Quando, um dia, sua unha cravada em minha carne;
Perpetuava o prazer, o gozo.

Quando podia ver seus pensamentos;
Quando podia manipular suas idéias;

Quando deixei de ser uma simbiose errante;

Quando o cair da noite não me afetava...
Quando te encontrava, me encontrava...
Me escondia, no Suor do teu corpo.

Quando minha boca na tua ardia,
Quando as paredes exalavam teu odor,

Quando a Paixão, o Ódio , tinha sabor.

Quando eu conseguia viver,
Quando eu poderia em paz morrer...

(23.04.2001)


(Renata Lugli)


voltar última atualização: 12/12/2006
4035 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente