A LUZ DO DIA NÃO É CONSOLO I
Mar de amarras
Onde aprisiono
Indolentes verdades
Arrastam-se covardes,
Pouco ansiosas por
Despertar
Sonham a suspiros
e braços cruzados
Entoam lamentos
e recolhem-se
após eleito
o poema-
pés aflitos
refugiando-se de
ondas intermináveis.
A luz do dia não é consolo.
Porque o mar
Devolve à areia
seus dejetos
E o caminhador
solitário não
consegue alcançar
as direções
das rotas disformes.
(Renan Barbosa)
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