A Garganta da Serpente

Remisson Aniceto

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O teatro

Estreitam-se da nossa Pátria as cercanias,
cresce a fome com a fuga das divisas, ri a peste.
A Nação, outrora honesta, se rende à tirania
de quem ouro recolhe e de poder se veste.

Queixoso é o povo dessa Lei que o oprime;
a sangria corre solta em cada Estado;
quem matou se desculpa e se redime:
a Mão do Poder é branca e sem pecado.

Olhem bem, vejam só os desgraçados.
NEROS se protegem na armadura
dos votos que lhes demos. Fazem festa!

Só nos cabem os ossos rejeitados.
O País é um teatro e A Ditadura
é a peça a que assistimos. Nada resta...


(Remisson Aniceto)


voltar última atualização: 02/02/2009
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