Na voz,
A vontade contida
A necessidade de fuga
E o desejo do não-ser
Para onde ela vai
Quando a multidão se inquieta?
Num momento de silêncio
Ela volta
E incomoda,
E provoca sensações desconhecidas
A solidez da palavra se desfaz
Em purpurina colorida
E na voz
Antes calma,
Se percebe tempestade
O que antes era voz
Tornara-se grito,
Grito incontido,
Grito cansado,
Grito calado.
Na voz,
A vontade contida...
(Reginis)
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