A Garganta da Serpente

R. Carvalho

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NAUSEADA

Muitas tentativas fracassadas
Devolveram-me à vida
Que me nauseava.

No ápice da perda
Como um rebento
Estourando a placenta
Fui arremessada em nova rampa.

Desci sem obstáculos
Ao hangar dos tolos
Sem malas, sem vagas
Só o paletó aberto
Sem a companhia de Sartre.


(R. Carvalho)


voltar última atualização: 22/03/2010
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