A Garganta da Serpente

Pedro da Luz

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Bela Vista

Com apenas muito pouco de mim
Presente nesta sangria
Dos dias da semana do nosso dia a dia
Vôo fácil nas asas da fantasia
Chapadas , céus -abertos ,estradas , horizontes
Alegrias e delírios aos montes
E lá em baixo , distante ,
Aquela agonia de cidade grande
Luzes e gestos artificiais
Pouca alma... Gente demais (!)...
... Alguém me chama
Saio do sonho e constato
Que o telefone toca :
- teu prefixo - 92-95
O celular, o computador, a fumaça, o concreto ;
Pertencem a uma realidade tão viva quanto a água correndo nas colinas cavalcantinensses
e a brisa soprando do mar de Ilha - Grande
Mundo distante este , mas vivo o suficiente
pra contagiar a nossa paz
Reenergizar nossa alma
E sei que nisso consiste a minha , nossa existência
Porque os escritórios e os shoppings centers
São como planetas
Nos quais as pessoas,
Como estrelas cadentes,
Delineiam órbitas diferentes daquelas que sonharam
- Ah ! Que bom que você ligou
era mesmo a tua voz que eu precisava ouvir ...


(Pedro da Luz)


voltar última atualização: 06/01/2004
6890 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente