A Garganta da Serpente

Paul Verlaine

Paul-Marie Verlaine
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Moral abreviada

Uma nuca de loura e de graça inclinada,
Um colo que arrulha, belos, lascivos seios,
Com medalhões escuros na mama afogueada,
Esse busto se assenta em baixas almofadas
Enquanto entre duas pernas para o ar, vibrantes,
Uma mulher se ajoelha - ocupada com quê?
Amor o sabe - expondo aos deuses a epopeia
Singela de seu cu magnífico, um espelho
Límpido da beleza, que ali quer se ver
Pra crer. Cu feminino, que vence o viril
Serenamente - o de efebo e o infantil.
Ao cu feminino, supremo, culto e glória!

(tradução: José Paulo Paes)


(Paul Verlaine)


voltar última atualização: 21/02/2006
32542 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente