A Garganta da Serpente

Orlando Miranda

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Na flor da Pele

Vaga no seu corpo febril o eu...
simples lamento
Encolhido atrás de um manto escuro
de fantasias impuras
completamente vazias

Manchas inclusas totalmente intrusas
e o que resta é o fino locatário andante mandante
de um fato desnecessário

Corpo que age mostrando delírio inflamável
atrás do espantalho um ser vil e macabro,
desnecessário de imaculado inocente

Dite ou apenas me limite
a um pleno desejo simbólico e desorientado
de surpresas feitas aos olhos de quem já morou
quem sabe até em Atenas

Mas nunca diga apenas
Fatos, papos, diabos...
pensados simplesmente ao acaso dos casos
de diálogos e respostas esperadas
casualmente nem ditas

E fico esperando um espaço
no infindável universo do momento
de um tempo
limitado a algum elemento
Voando longe de tudo...
Ou esperando alguém
que de máscaras vem querendo flechar
nem sabe quem
e aí fico aí... vagando


(Orlando Miranda)


voltar última atualização: 25/02/2004
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