A Garganta da Serpente

Oliver Quinto

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Enquanto o amor não vem

(para Eliana Staub)

Enquanto o amor não vem, que venha o dia
Leve e novo, a iluminar a paisagem.
Irá, com lume novo, que irradia
A manhã, aspar a rude estiagem.

Nem campo antigo, bosque ou pradaria
Arfem meu olhar de navio à margem:
Mesmo no silêncio da estribaria
O galope se apresenta selvagem.

Não há pressa pelo que vem exato.
Tampouco deixo a porta destrancada.
"Enquanto o amor não vem" é só hiato.

Ilumina o quintal, oh lume novo:
Rega minhas plantas, uma de cada.
Ou deixa-me expirar num prato covo.


(Oliver Quinto)


voltar última atualização: 13/02/2005
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