A Garganta da Serpente

Olga Martins

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

OUTONO

Outono resvalando
Com suas folhas livres
No vento fresco
Beija-me a face
Com um suspiro dourado
São tantas asas de anjos
Cercando esta torre de tristeza...

Tenho nas mãos
Sangue das seivas
E alguns tantos brotos
Ressequidos pela morte da esperança

Em torno , folhas mortas
Mergulhadas no tempo esgotado
Perdidas do ventre seguro
E sem lágrimas já

A dádiva do outono
A seqüência da vida
A torre de tristeza
Encravada no seio de Gaia
que não pára de girar.


(Olga Martins)


voltar última atualização: 03/05/2007
12859 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente