à margem
fui sentar-me à margem do tempo
para observar a clandestina eternidade
de um céu sem pálpebras
salpicado de estrelas
submerso num mistério intransigente e absoluto
anoiteci silêncios sentidos
e segredei aos ventos, como um bêbado,
as minhas inúteis queixas
(Octavio Roggiero Neto)
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