A Garganta da Serpente
este autor está sendo procurado - saiba mais

Nuno Vieira

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

REFLEXO

Cães de vidro
Atam nós de tristeza
Num róseo altar,
Onde as borboletas
Quedam secas.

Na parede brilhante
Um suspiro rodeia-se
A tiros de pistola,
prostitutas velhas treinam
o novo esgar.

Nunca conseguiremos
Desfazer o nó entre
Terra e desespero,
Porque deus selou
veneno ás nossas bocas...

Embora isso,
Prenhes de Cristo
Os loucos tentam
Sair da negridão e do corpo.


(Nuno Vieira)


voltar última atualização: 20/01/2003
6071 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente