CAMPA
No quarto do coveiro
A mulher suja rouba
Os mortos do vinho.
Uma pétala de leite
Destrói as velas e
Confirma lápides
De encontro ao deserto.
Solitária odalisca,
traduzindo os
Punhais secos na
Vereda de lágrimas...
O coveiro ébrio
Com a frieza estranha
de um animal ferido
ao pé de uma vagina
Meio escavada.
(Nuno Vieira)
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