A Garganta da Serpente

Nubia Souza

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O corpo

Será o fim? Sepultura? Corpos na água, como se fossem parte dela, por esse motivo ela espera.
Ansciosa a Gazela.
Água suja, Impura, Imunda.
Então vem a parte esperada, nem sempre alcançada
Pensa que não supera, "O Fim a espera"
Inferno, Luz, Agúa, Perdição.
No fundo do poço, Abismo escuro, reluz o ar impuro, Obscuro, sujo
Ela vivendo então nas chamas, será Glorificada?
Sei também que é algo esperado muitas vezes não conquistado.
Ela deita ao seu lado, seu calor inesperado, a velha lembrança do passado, olhos fechados, mesmo com a luz do lado tem lembranças do passado
Passado......
Obscuro tudo então concretizado, no olhar aquele retrato
Talvez retrato falado, que foi harmonizado.
Pele branca, será neve ao seu lado ou será luz que reluz o fardo pesado
Aquele fardo calado, que quando então cansado se lava ao gás inalado, e então vê os vidros logo ao lado
Chega à conclusão que está tudo consumado.
Então os vê no Tortão, será o portão?
Ela pensa então, este é o meu fim, chegou o fim da minha traição.

(Poema em memoria a Sylvia Plath", poetisa que se suicida inalando gás,
logo após a descoberta da traição do marido, abandonada com filhos)


(Nubia Souza)


voltar última atualização: 01/04/2002
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