A MÃO QUE ABRE O ARMÁRIO
Adormeceste no túmulo de narciso
minha boca, segura, buscava
arrancar-te os últimos orvalhos de consciência
no vazio, no escuro
chamei-te para dançar:
um ritual de espelhos recíprocos
com os quais insistíamos em cansar a aurora...
mas fomos vencidos:
despertaste:
não eras nem homem, nem flor:
partiste solene.
(Nino Santos)
|