A Garganta da Serpente
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Nesta Noite

Nesta noite tudo se calou,
só se ouve o vento a uivar,
sente-se a chuva no rosto,
e o frio que faz arrepiar.
Nesta noite, o tempo parou,
as horas deixaram de existir,
não hà nada para fazer, não hà nada para desistir.
E no breu da escuridão,
surge alguém que esmoreceu,
não conhece ninguém,
nem os que já conheceu.
Numa melodia escalabrosa,
o vento parece cantar,
na rua deserta de nada,
as árvores balançam no ar.
Esta noite, tudo se perdeu,
e nada se pode recuperar,
encheu-se de solidão,
quando o vento começou a soprar.


(Ninfa)


voltar última atualização: 20/05/2002
6790 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente