felicidade escrotal
pai, naquele dia
você me jorrou
pra dentro da mamãe.
que visão mais bela
a vulva, o buraco
- obscura claridade,
tudo dentro dela.
você era tão feliz
e eu a extensão do teu gozo
fui tão fundo
que tudo que vi
foi relance,
riso, filme noir
dos últimos instantes de vida
segundos seguidos de vida.
lindo. sem canhões
eu feito bala perdida
na intimidade, no gozo
bom é viver assim:
breve num filme de um minuto
múltiplo festival.
e agora você
vem me dizer, pai
que a beleza
é feia, suja
mas você mostrou
jorrou. gostou.
pai você!
me fez assim
tato. gosto
(Nina Rizzi)
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