A Garganta da Serpente

Nina Araújo

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Bole

O grão do pólen da magnólia
Bole com a minha vida
E bole a tampa da ferida
O custo da frigideira
Bole o fio da aranha
Com rapidez de coiote
Bole o rio e sua beira...
Tudo bole na domingueira
A cadência da mulata
Bole o susto da estrangeira
Bole a vez da natureza
Aquecendo a geleira
Porque o homem bole tudo
A terra,a mata e a pedreira
E não cai um só cabelo
Que não bole um entrevero
Entre o céu e um pandeiro...


(Nina Araújo)


voltar última atualização: 09/10/2008
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