A Garganta da Serpente
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Rigor de Fábula

Voa Pássaro lenitivo,
Sobre a palavra para sempre perdida
Na sublime fonte do Silêncio
Guardiã da Saudade e da Dor

Voa Pássaro dourado,
Sob a vaga móvel de Sangue
Que da Ronha emana
e ao cume remonta

Voa em busca do infinito
Que ficou no rasto do passado
Quando a Luz se uniu à Cinza
Abraçando a ausência

Voa com a água do tempo
entre figuras de Pedras,
Volta atrás, vive a sombra
Enquanto a palavra não existe.

(2004/07)


(NiNa)


voltar última atualização: 29/11/2004
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