A Garganta da Serpente

Nilton Maia

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AVIS RARA

Imersos
Nos desvãos da incerteza,
Deixamos que o amor,
Sutil fragrância,
Impregne-nos
Os secretos recônditos,
Para, um dia,
Como sói a nós,
Humanos,
Perdê-lo,
Perdendo-nos
Em seu rastro.

O amor bem pode ser
Auto-de-Fé,
Suplício atroz,
Blasfêmia,
Mesmo infâmia.
Mas, também,
O roçar da seda pura,
Graça plena,
Vento forte,
Frêmito profano.

Louvado seja, pois,
A todo instante,
O bem supremo
De tê-lo plenamente,
Guiando nosso rumo
Entre as falésias,
Não permitindo
Que nos destruam as tempestades,
Freqüentes em tempos tão insanos.


(Nilton Maia)


voltar última atualização: 08/02/2011
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