AD AETERNUM
Volver ao poema,
Para aplacar monstros.
A árvore da angústia,
Podá-la com a métrica livre.
Manter o ritmo certo,
Trafegando em espirais de devaneio.
Cabe, a cada verso,
Romper os muros da exatidão,
Para que revoltas águas do sentir
Busquem afogar a humana insânia.
Mas, o poeta pode tornar-se cético,
Dado que vive de perplexidades.
Absolutamente solitário quando cria,
Emerge, embora sôfrego,
De dentro de si mesmo,
Carregando a substância moldável de sua lida.
(Nilton Maia)
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