A Garganta da Serpente

Nilton Maia

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

MODUS VIVENDI

Em cada amor incompleto,
Em cada noite de insônia,
Em cada emoção incontida,
Em cada copo de água,
Em cada grito que fere,
Em cada sinal de trânsito,
Em cada dor que se aninha,
Em cada ranger de dentes,
Em cada adaga cravada,
Em cada choro sem lágrimas,
Em cada paixão ardente,
Em cada desesperança,
Em cada acorde que soa,
Em cada riso de escárnio,
Em cada pão matinal,
Em cada boa notícia,
Em cada lida e queda,
Somos um rio em fluxo.
Quiçá, o mar nos espere.


(Nilton Maia)


voltar última atualização: 08/02/2011
23244 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente