A Garganta da Serpente

Nilton Maia

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SOBRE

Desesperadamente,
Tento juntar o que sobra de mim,
Enquanto lágrimas, que me queimam,
Teimam em rolar-me pelo rosto.
Sou da geração do medo:
Fecharam-nos os caminhos.
Só sobraram os becos,
Onde máscaras humanas nos fitam
Com olhar vazio e distante,
Ou então,
Com um sorriso pré-fabricado.
Quisera que alguma parte de mim mesmo
Pudesse ajudar-me a tentar...
Por ora,
Somente permanece a distinta sensação
Do inútil e do vazio,
Que meu coração,
Transformado em consciência,
Relembra-me a cada instante.


(Nilton Maia)


voltar última atualização: 08/02/2011
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