A Garganta da Serpente

Nilton Maia

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POEMA DIÁRIO I

O poema não é a espada
Que rompe o coração do touro.
É, em verdade,
O agudo chifre do animal
Rasgando o ventre do toureiro,
Fazendo correr o sangue certo.
Da mistura deste fluxo
Com a arena (vida),
Sutil amálgama resulta:
Dor cortante e encantamento.


(Nilton Maia)


voltar última atualização: 08/02/2011
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