POEMA DIÁRIO I
O poema não é a espada
Que rompe o coração do touro.
É, em verdade,
O agudo chifre do animal
Rasgando o ventre do toureiro,
Fazendo correr o sangue certo.
Da mistura deste fluxo
Com a arena (vida),
Sutil amálgama resulta:
Dor cortante e encantamento.
(Nilton Maia)
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