A Garganta da Serpente

Nilton Maia

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Para a poeta Alexandra Maia

Nas linhas de um poema
Esconde-se algo sutil,
Como o orvalho que pende
Da borda de uma flor.

No coração de um poema
Cabem os giros do mundo,
Os gritos mudos da alma,
Os sentires do ser só.

E nós, que somos poetas,
Fecundamos, com sentimento,
O útero de cada palavra.

E a nós, que somos poetas,
Resta o doce martírio
Da vida sangrando em versos.


(Nilton Maia)


voltar última atualização: 08/02/2011
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