A Garganta da Serpente

Nefelibata

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SOU EU

Minha alma recobre a pele,
Do corpo que tudo vê,
Sente, sente e se engana.
Carrego na ponta da faca,
Um coração estanque,
Prestes a se render,
E o primeiro a ser ferido...
Sou eu!
O primeiro a não querer se levantar mais,
Sou eu!
Por que minha luta,
É causa perdida?
Defronte o medo do apoio,
Apoio negado, soterrado,
A lagrima escorre dos olhos,
À face se perde,
No ultimo sorriso complacente.
Não dependa de sorte,
Um tiro no escuro,
E meu escudo vai ao chão.
Nunca quis ser o outro,
Sucedâneo de mim mesmo,
O lado escuro da lua,
É o lado avesso da alma...
Um bom lugar pra se estar,
Quando o que há debaixo do sol,
Enlaçar-se por neutros caminhos.
Aquele que não quer virar passado,
Sou eu!
Se a couraça da pele sobressair à alma,
Seja você mesmo,
Conheça o que te gravita e siga...
Sempre em frente.


(Nefelibata)


voltar última atualização: 17/11/2005
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