A Garganta da Serpente

Morgana

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PAIXÃO SELVAGEM

Lavarei minha dor sem qualquer pudor
Nas lágrimas inocentes de outro amor,
Afogarei minhas mágoas na boca do nada,
Farei serenata sob a tua janela fechada

Deixarei minha ilusão pelos cantos da madrugada
Farei do momento um fato, que seguirá o ato
De esquecer de vez o passado ingrato
Como as raras cenas da minha infância calada

Ficarei apenas com uma tênue lembrança nublada
Que chegará com o vago cheiro da aurora,
Pedaços da nossa história que guardo na memória,
Como uma nódoa de maçã que some pela manhã

Arrancarei a esperança do rosto da alma
Mostrarei apenas o lado brilhante da face,
No outro esconderei o medo como um disfarce,
Que briga, mas não reage à falta de coragem
De viver outra vez, a fúria de uma paixão selvagem.

(10/10/03)


(Morgana)


voltar última atualização: 12/01/2004
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