Meu amor, oh! Meu amor
Você agora nada no mistério,
Procurando perguntas as tuas respostas.
Deixaste-me isolado nesta perdição,
Não me amarás ate o amanhecer.
Não renuncieis à noite, não te perdoarei se perderes o
amanhecer.
Vem comigo, te mostrarei o caminho,
Eu só sei perder. Aprenderás a lutar.
Olha com os três olhos que tens,
A liberdade te guiará.
Eu sou a pedra, uma a mais, no teu caminho,
Sirvo-te de apoio, podes pisar-me com o primeiro passo,
Para o segundo, virão outras pedras.
Não procures estrela-do-mar no céu,
Conheces as estrelas, mas não sabes ate aonde elas podem chegar;
As vezes no ponto mais alto, o céu,
Outras vezes no ponto mais fundo, oh! Mar.
Murmulhos da noite, congelada pela lua,
Lobos cantam a música, livro-me de mim.
Morri tantas vezes que agora estou vivo,
Passava pelas pessoas como o fantasma de Canterville,
Não olharei para atrás, já não tenho olhos na nuca,
Estou a tua frente, desvanecendo de prazer.
Nossos corpos fizeram o símbolo de Dionísio,
Neste lugar onde não há verdades, onde não há limites,
Deixa eu te falar da noite, injuriosa noite de pedra,
Pedra de cristal.
(Moilec Vailea)
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