Vou usar meu facão neste repente
Pra cantar um martelo agalopado
E deixar meu facão mais amolado
Do que a língua da véia do batente
Vou cruzar oceanos, continentes
Pra lutar como herói em outras terras
Enfrentar os canhões, tanques de guerra
E após derrotar a opressão
Vou guardar na bainha meu facão
E voltar pro meu velho pé-de-serra.
Meu facão vai honrar sua fama e nome:
Bem no centro dos Estados Unidos
Vai cortar meia-dúzia de bandidos
Que só faz nossa gente passar fome
Vai vingar a criança que não come
E a mãe morta nos braços da parteira
Vai ensinar a Tio Sam Muié Rendeira
Em respeito à Nação mais que Tupi
Fecha as portas do FMI
Traz de volta a Bandeira Brasileira.
(Miguel Lucena Filho)
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