A Garganta da Serpente

Maria João Mesquita

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Era sangue...

Era sangue nas mãos deles do teu ventre.
O céu desabou, a terra estremeceu rasgada,
encolhi de dor.

Era sangue...

Era sangue nas mãos minhas do teu ventre.
O céu e a terra mudaram de lugar.
Gemidos, punhais em meu ventre,
como o dia que nasci, teu ventre.
Tudo parou, fechando sob nós, separando-nos para sempre!
Até amanhã minha mãe...


(Maria João Mesquita)


voltar última atualização: 05/10/2004
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