Era sangue...
Era sangue nas mãos deles do teu ventre.
O céu desabou, a terra estremeceu rasgada,
encolhi de dor.
Era sangue...
Era sangue nas mãos minhas do teu ventre.
O céu e a terra mudaram de lugar.
Gemidos, punhais em meu ventre,
como o dia que nasci, teu ventre.
Tudo parou, fechando sob nós, separando-nos para sempre!
Até amanhã minha mãe...
(Maria João Mesquita)
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