A Garganta da Serpente

Michel Cuzmovas Perlin

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Última dança

Hoje ela realmente existe,
Seu perfume se espalha pelo ar,
A morte vem para se fartar.

Hoje ela se veste diferente.

Nunca lhe vi tão perto,
Os meus pulsos estão abertos,
O anjo da morte vem para dançar.

Seus olhos brilham como fogo,
Mas já não me aquecem,
Ela sempre está à espera por alguém!

Meu sangue pinga como água,
Seu sangue tem gosto de mel,
Seus lábios desdenham do céu.

Meus lábios estão torcidos,
Ela é bela e sabe viver,
Meu sangue não para de escorrer.

E à noite parece não ter fim,
E hoje ela está muito afim!


(Michel Cuzmovas Perlin)


voltar última atualização: 05/09/2006
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