Poema do dia-a-dia
Quase tudo através da janela posso ver
Com encanto a vida passa ao meu redor
Tive sorte, mas desisti do meu viver
Sem amor, a angústia presente é maior
Por seu belo sorriso meu peito implora
No crepúsculo dos meus sentimentos
Preencho o seu espaço de outrora
Com orquídeas e espinhos jogados ao vento
Pela rua transformo o riso em espanto
Na amargura, no canto mais que escuro,
Vejo a vida passar, sob meus prantos
O valente de antes que saltava grandes muros
Não suporta a luz da noite sob seus mantos
Tentando proteger um coração em apuros.
Vem!
(M. de Oliveira)
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