VONTADE DE DORMIR
Fios d’ouro puxam por mim
A soerguer-me na poeira –
Cada um para o seu fim,
Cada um para o seu norte...
......................................................................
– Ai que saudades da morte...
......................................................................
Quero dormir... ancorar...
......................................................................
Arranquem-me esta grandeza!
– Pra que me sonha a beleza,
Se a não posso transmigrar?...
(Paris 1913 – Maio 6)
(Mário de Sá Carneiro)
|