A Garganta da Serpente

Márcia Ribeiro

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CARTA DE AMOR À LIBERDADE:

Vejo que meus sentidos não me atendem mais.
E tudo depende do teu toque, do teu olhar.
Você!
A promessa do meu encanto.
A voz que conduz minha fantasia.
Que reproduz a mulher presa nesse corpo
que tanto se inflama ao som suave,
ao tom morno da tua voz.
Brinco como uma menina e na ciranda me faço mulher.
Num cio que poucos pressentem,
numa volúpia que se estampa nos poros.
E me faço presa, uma caça no reflexo dos teus olhos.
Amo!
Amo perdidamente a idéia de somente estar e não ser para você.
Com a plena liberdade de sabê-lo livre para querer-me sem amarras .
Ame e tenha-me no arremesso de voar,
alto e bem distante, nas asas da imaginação fecunda do teu poder.
Permita, com todas as tuas vontades, com todos os teus desejos,
que minha alma esteja repleta da sabedoria do homem.
Sem medos, sem remorsos, sem barreiras
e sem preconceitos, apenas queira.
Pois livre, sempre poderei ser sua menina-mulher.


(Márcia Ribeiro)


voltar última atualização: 17/03/2004
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