A Garganta da Serpente

Marcelo Orsi

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Poliana

De tua boca, mística rosa entreaberta
Escorre a seiva que me sustém
E tua pele morena por seda coberta
Esconde segredos que a meu corpo convém

Teus olhos são enigmas de esfinge
Mas não escondem o pulsar do teu desejo
Se disfarça tua sede e mente e finge
Mais profundo me enxergo, me acho, me vejo

No calor do teu colo sou criança
Plantado infante não germino inocente
Brindemos à Vênus a eterna aliança

No cálice do teu sexo bebo nepentes
E, se em pecado morrer o céu me afiança
Um doce inferno de lascivo presente


voltar última atualização: 03/05/2007
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