Poliana
De tua boca, mística rosa entreaberta
Escorre a seiva que me sustém
E tua pele morena por seda coberta
Esconde segredos que a meu corpo convém
Teus olhos são enigmas de esfinge
Mas não escondem o pulsar do teu desejo
Se disfarça tua sede e mente e finge
Mais profundo me enxergo, me acho, me vejo
No calor do teu colo sou criança
Plantado infante não germino inocente
Brindemos à Vênus a eterna aliança
No cálice do teu sexo bebo nepentes
E, se em pecado morrer o céu me afiança
Um doce inferno de lascivo presente
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