A Garganta da Serpente

Manuel C. Amor

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Há tantas coisas que infundem espanto!

O mundo,
parece depender de quem segura um chicote.
O ser humano
Para impor a "sua verdade", como a única verdade
recorre a maneiras espúrias e arrogantes.

Torna-se inimigo do seu semelhante,
e de si próprio.
Coloca-se numa escala abaixo de qualquer ser irracional,
assume-se na mais terrível das feras predadoras
numa espécie de genocídio silencioso.

Do outro lado da moral herdada
num silêncio tangente às curvas do tempo
e tudo se vê como algo normal e corriqueiro
os anjos adornam o corpo
sem horror diante do que acontece
sem comiseração pelas vítimas da atrocidade.

A memória de sangue das aves surdas-mudas
que levam chibatadas há séculos, Confirmam a história:
A terra é um asilo de dementes
Nenhuma forma de agressão, nos trará a paz

(Angra do Heroísmo, Julho 2006)


(Manuel C. Amor)


voltar última atualização: 07/08/2006
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