Há tantas coisas que infundem espanto!
O mundo,
parece depender de quem segura um chicote.
O ser humano
Para impor a "sua verdade", como a única verdade
recorre a maneiras espúrias e arrogantes.
Torna-se inimigo do seu semelhante,
e de si próprio.
Coloca-se numa escala abaixo de qualquer ser irracional,
assume-se na mais terrível das feras predadoras
numa espécie de genocídio silencioso.
Do outro lado da moral herdada
num silêncio tangente às curvas do tempo
e tudo se vê como algo normal e corriqueiro
os anjos adornam o corpo
sem horror diante do que acontece
sem comiseração pelas vítimas da atrocidade.
A memória de sangue das aves surdas-mudas
que levam chibatadas há séculos, Confirmam a história:
A terra é um asilo de dementes
Nenhuma forma de agressão, nos trará a paz
(Angra do Heroísmo, Julho 2006)
(Manuel C. Amor)
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