Da alma, da carne, da civilidade
Da alma?
Das necessidades da alma,
desconfio, nem todos sabem.
Desconfio que almas são insaciáveis
Das urgências da carne ?
Ah! Já nascemos sabendo
E que prazer! Ah! matar nossas fomes
Embora haja sempre outra fome,
a substituir
aquelalimentadamorta
Há olhos famintos de beleza
E cada pessoa,
elege sua beleza (há discordâncias descomunais)
ouvidos são famintos
dos mais inconfessáveis sons
E cada um se satisfaz como prefere
Bocas
desejam os mais estranhos sabores
Cada pessoa escolhe (ao menos deveria) , o seu.
Há sexos sedentos,
esfomeados,
e cada um com seu gosto!
Com a civilidade é diferente.
As necessidades da civilidade amarram-nos.
Irmanam-nos,
sua práxis civil meu irmão...
não vara o tempo por muito tempo,
se não for comunitária
A minha civilidade depende do nós
( e como está difícil, meu irmão!)
Da minha carne
e meus buracos cuido eu
Com a minha alma- esta insaciável
estou pelejando, buscando, me encantando
Com a minha alma estou
Te buscando
Me encantando
Com a minha alma,
insaciavelmente
Estou ...
amando!
(Mafabami)
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