A Garganta da Serpente
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Labirinto urbano

Formas assimétricas
Labirinto de ruas
Torres de concreto
Imersos em cinza e poluição

Não é simples ação do tempo
Nem mera formalidade do espaço.

Seus arquitetos?
Seres sem deuses,
Sem grandes receios.
Às custas da decomposição de ideais mortos
Praticam impunemente
O canibalismo social

Massas anônimas enchem as ruas
Diversas e variadas,
Apressados,
Sobressaltados,
Esbarrando aos trancos,
Atropelando emoções.

Pobres errantes...
Sofreram a mesma perda de liberdade
Foram sutilmente moldados pela sociedade
Lentamente mutilados pela guerra de poderes
Heroicamente sobreviventes de catástrofes urbanas.

Seguem por caminhos contraditórios
Buscando um sentido para sua realidade
Vencendo seu o desafio diário:
Sobreviver neste labirinto de ruas...


(Lys)


voltar última atualização: 07/07/2009
11426 visitas desde 30/10/2006

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente