Dias de chão
Dias de chão
Para onde todos irão
Cultivadas aradas
Escavadas com as mãos
Tempos de terra
Em que a sina e certa
Ali não tens promessas
O único afago O pó micro ralo
Tempos de agonia
Lembranças boas e ruins
Esperança perdidas na estrada
Desejos que não se fizeram cumprir
Dias de suor labutas
Arte entalhada em madeira bruta
Que ficará guardada num vão
A sete palmos do chão
Dias de eternidade
Onde repousara em solo fértil
Lugar que iremos voltar
As raízes profundas da terra
Destino marcado
Traçado riscado e lavrado
Não estará deitado sozinho
Agora jaz o pó deste lugar sagrado
(Luiz D Sales)
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