A Garganta da Serpente

Luiza Helena Guglielmelli Viglioni Terra

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Tempestade

No horizonte o clarão forte
iluminava o céu escuro.
Pingos grossos começam a cair.
Encantada olhava os traços
disformes que
deslizavam lentamente
pela vidraça da
janela .
O vento zunia
forte balançando
os galhos das árvores de um
lado para o outro, repercutindo
no ar um conjunto de
sons inebriantes.
Embora a tempestade forte,
os brilhos intensos
dos relâmpagos
clareavam o quarto sombrio.
Encostada na cadeira
antiga de balanço,
um vulto feminino
com dedos ágeis dedilhava
as cordas do
violão cuja melodia
fluía no ar
numa harmonia sem par.
No embalo da noite,
mergulhada em seus pensamentos,
sussurrava apenas uma palavra.
Saudades...


(Luiza Helena Guglielmelli Viglioni Terra)


voltar última atualização: 21/09/2008
20398 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente