AUSÊNCIA
Era hora de amar e o amor não veio a tempo
Sangria desatada, entrega-se o coração
E soluça, e implora, mas o amor não vem
Deixa de ser essência, finge ser ele mesmo.
Era hora de amar e o amor faltou
Uma vã lembrança teve, disfarçando-se
Em mãos sonolentas que só deram em sono
Com sonhos pesados e medo.
Era hora pro amor e o amar esteve presente
Espreitando o primeiro momento
De enrolar-se num corpo
Ou beijar uma fronte
Ou apreciar as estrelas...
De alguma forma, sereno amor.
(Luiz Eduardo)
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