MARIA MÃE
Maria foi, deixando o filho a prantear
Nas sombras da noite,
Na luz do dia
E não traduz a lágrima, o mínimo.
Maria foi, junto, a prece a aliviá-la
De suas dores - Maria sentia dores! -
E no último instante, entregue ao Anjo,
A certeza de minha solidão.
Maria foi e a revi em cinzas
Que, compostas, seriam Maria,
A mãe que me deixou no caos do mundo.
E agora Maria?
As que restam não são minhas
Noutro tempo nos veremos.
(Luiz Eduardo)
|