A Garganta da Serpente

Luiz Eduardo

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TEUS VERSOS

Não,
Em nenhuma esquina o Amor estacionou
Em busca de vaga, ou a limpar pára-brisa,
Nem mesmo aguardou condução
Para alguma artéria sua
Embarcar pra outra vida.

Debalde,
O sangue esvaía-se pela camisa,
Cobrindo o peito,
Que doía, sem ter ferida,
E chorava por falta de Amor.
Amiúde,
Era tristeza de dia,
Lamento de noite...
Em vão, Poesia!

Nem mesmo um táxi,
Tampouco uma van,
Em parte alguma encontrava-se Amor.
Árvores crucificadas nas calçadas
Exalavam calor, suavam agonia,
As folhas eram só folhas
Verdes pútridos,
Galhos pálidos,
A sombra fugidia...

Nos teus versos encontra-se tempo melhor
Assim a tristeza parte...

Não...tudo em vão, Poesia!


(Luiz Eduardo)


voltar última atualização: 17/06/2010
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