A Garganta da Serpente

Luiz Eduardo

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OS OLHOS DA NOITE

As noites se repetem
Ora tenras, ora dóceis
Conforme teus olhos descrevem.
Há vezes que são melancólicas
Outras, apaixonadas
E na verdade eu nunca sei
Antes de teus olhos anunciarem:
São apaixonadas - como eu
Ou, melancólicas -
Como a chuva que faz apaixonar-me
Por teus olhos
Por tuas mãos.
Mas muitas vezes teus olhos anunciam mais:
A noite de chuva melancólica
São tuas mãos que não estão
Ao meu alcance,
Os teus olhos que se perdem
Também numa paixão desenfreada -
Somos os olhos
As gotas de chuva
A melancolia das mãos separadas
A esperança do porvir que a vida alimenta
Em nossas janelas escancaradas.


(Luiz Eduardo Oliveira)


voltar última atualização: 17/06/2010
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