A Garganta da Serpente

Luis Hort

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Derrota

Ai derrota como me dói deveras.
Ai derrota como me dói deveras.
Minha voz geme com embargo
E chamo o Jesus condenado.

Sou o perdedor das eras.
Sou o filho que produziu o pecado.
Sou o desacordo entre Adão e Eva.
Sou a voz que fala calado.

Bem que te quis mudança.
Meu presente é meu passado.
Minha morte é minha esperança
E de um coração rubro arrasado.

Se tu me deves, eu mais te devo.
Por ter com sua alegria nefanda me acalentado.
No seu sorriso em inveja me perco.
Exponho minha alma num riso de dentes quebrados.


(Luis Hort)


voltar última atualização: 06/05/2010
8801 visitas desde 04/08/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente