A Garganta da Serpente

Luis Hort

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Identidade

Eu sou feio,
Eu sou belo.
Eu sou jovem,
Eu sou velho.
Eu sou tudo,
Mas tenho nada.
Eu sou a carne
Que afia a navalha.
Eu sou o desejo travestido de vício.
Estou no fim da linha, mas sou o início.
Eu sou uma contradição.
Um homem sem razão.
Eu sou eu e todas as outras pessoas.
Multifaces.
Multicáries.
Sou o vício de existir.


(Luis Hort)


voltar última atualização: 06/05/2010
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