Tenho saudades do que não tive
Do teu corpo que ainda não possui
Da volúpia santa que reside em ti.
Se estou confuso é porque te amo.
Pois é o amor uma confusão:
Confundi-se pernas com braços
Lábios com grandes lábios
E o cérebro com o coração.
Ah quero eu recuperar o que nunca tive.
Esse teu coração forasteiro
Que parece amar o sofrimento.
Que saudades tenho do que nunca tive.
O tempo passa e não te tenho
E morro jovem de velhice.
(Luis Hort)
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