A Garganta da Serpente

Luís Delfino

Luís Delfino dos Santos
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

GAIVOTAS

Do crespo mar azul brancas gaivotas
Voam - de leite e neve o céu manchando,
E vão abrindo às regiões remotas
As asas, em silêncio, à tarde, e em bando.

Depois se perdem pelo espaço ignotas,
O ninho das estrelas procurando:
Cerras os cílios, com teu dedo notas
Que elas vêm outra vez o azul furando.

Uma na vaga buliçosa dorme,
Uma revoa em cima, outra mais baixo...
E ronca o abismo do oceano enorme...

Cai o sol, como já queimado facho...
Do lado oposto espia a noite informe...
]Tu me perguntas se isto é belo?... e eu acho...


(Luís Delfino)


voltar última atualização: 25/08/2005
7252 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente